domingo, 26 de maio de 2013

Rock, o lado Negro


O cara mais underground
Que eu conheço é o diabo
Que no inferno toca cover
Das canções celestiais
Com sua banda formada
Só por anjos decaídos
A plateia pega fogo
Quando rolam os festivais.
( Zeca Baleiro, Heavy Metal do Senhor)






            O rock surgiu em meados do século XX nos EUA, tendo como base o blues. A partir de seu desenvolvimento, foi influenciado por outros ritmos como folk e jazz, entre outros. Dizem que a primeira banda a “evoluir” do country, também raiz do rock, para o estilo propriamente dito, foi Bill Haley & His Comets, cuja primeira música a popularizar-se foi “Crazy man, crazy”. Nesta música é perceptível ainda a forte pegada do jazz. 





            Mais tarde, surgia então o Hard e o Heavy Metal, variações mais pesadas do rock e, de cara, apesar de algumas bandas como Van Halen fazerem sucesso, desagradou ao público. 

            Hoje ainda o rock mais pesado não é muito benquisto pela sociedade, e existe certo preconceito em relação a muitas bandas, em função de algumas tocarem o chamado rock satânico. Todavia, estas bandas têm um estilo próprio, que se desdobra em outros.

            Segundo alguns, o rock satânico surgiu no final dos anos 50 com a banda britânica The Beatles, que tocava nos lugares mais obscuros da Inglaterra, repleto de meretrizes seminuas e, seus componentes, estavam em algumas de suas apresentações sobre o efeito de drogas. Apesar de suas aparentes letras inocentes, não passava de adoração ao senhor das trevas.  Com certeza, isto não passa de loucura de quem afirma tais coisas.


            A verdade é que o rock, desde seu início, teve uma associação ao ocultismo e às forças malignas sobrenaturais. Isto pode ser explicado, porque rock é uma forma de rebeldia. Muitas vezes é música de protesto, como vemos nos anteriormente citados Beatles, ou ainda em U2, The Ramones, entre outros. Contudo, obviamente existem de fato as bandas de rock que possuem letras satânicas, o Black Metal

O Black Metal surgiu nos anos 80 e uma das precursoras foi a banda Venom. O termo black metal surgiu no álbum de mesmo nome desta banda, lançado em 1982. As letras falavam sobre anticristianismo e faziam culto ao demônio. Desde então, vem surgindo bandas com este propósito e, o que geralmente marca este estilo são os corpse paint (pinturas cadavéricas) e uso de objetos cortantes, além das letras anticristãs.  Contudo, a temática não é apenas demoníaca, embora, na maioria das vezes, seja.

O Black Metal ainda tem suas ramificações, como death metal, symphonic black metal, viking black metal, depressive black metal, entre outras, variando apenas a sonoridade. É dividido em três gerações:

A primeira com bandas dos anos 80, é caracterizada pela estilização do black metal. Algumas bandas nesta época, tinham  letras satânicas, mas não possuíam a sonoridade metal propriamente dita.

Na segunda geração, anos 90, foi quando ocorreu a consolidação do gênero, e surgiram algumas ramificações. 

Na terceira, final dos anos 90 e atualidade, foi quando o Black Metal ganhou popularidade com bandas como Dimmu Borgir e Cradle of Filth.

O Black Metal incorpora em suas letras temas como o paganismo e o satanismo. Alguns exemplos de bandas de sucesso são:  

Cradle of Filth



Dimmu Borgir





Satyricon





Cadaveria





Marduk





         Uma vertente do black metal que está intimamente ligada à cultura Wicca, ao folclore nórdico e às lendas irlandesas, é o Folk  Metal. Este estilo incorpora instrumentos característicos da música celta, como gaita de foles, flautas  e violinos, aos instrumentos comuns do rock (guitarra, baixo e bateria). Os temas geralmente são relacionados ao paganismo. Um exemplo é a banda Korpiklaani.




              Todavia, o Folk Metal merece um post à parte.
       No Brasil, algumas das bandas mais conhecidas de Black Metal são: Sarcófago, Vulcano, Esgaroth e Unearthly. Contudo, com certeza a mais notável é Sepultura, que mistura variações do metal e temáticas diferenciadas em suas letras.





 (Maíra Vanessa)



Fontes:



http://metalemportugal.comunidades.net/index.php?pagina=1811703252_10


 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Elementais: Fadas




Como tudo aquilo que vem das mitologias nórdica e céltica exercem grande atração em nossa cultura e acaba por misturar-se às nossas lendas e folclore, com as fadas não seria diferente. 


Fadas são elementais da terra que habitam as flores e fazem com que estas reproduzam-se. São, teoricamente, seres de luz, que trazem alegria ao coração humano, enfeitam a vida na Terra com beleza e trazem harmonia. Alguns dizem que é fácil confundir uma fada com um anjo, uma vez que a vibração de ambos é idêntica. O que os difere são as vestimentas que trazem. As fadas  sempre trajam vestidos de tecido fino, quase transparente, e esvoaçante, e por vezes, possuem asas de borboletas. Estão presentes em nosso imaginário desde a mais tenra idade e quem sabe em nossa realidade?


Quando crianças, escutamos muito falar na “Fada do Dente”; aquela que deixa uma moedinha ao recolher o dentinho de leite da criança, escondido embaixo do travesseiro. Esta tradição remonta aos vikings, que trocavam dentes por presentes.





Nos contos que levam seu nome, os contos de fadas, são recorrentes as fadas madrinhas, que sempre estão prontas a aconselhar e socorrer seus protegidos. É o que vemos na história da Cinderela, onde a moça é ajudada por sua fada madrinha a encontrar-se com seu grande amor. Mas, claro, é bom não esquecer-se que o feitiço termina à meia-noite, ou correr-se-á o risco de virar abóbora.





No filme Branca de Neve e o Caçador aparecem fadinhas que levam a garota ao encontro do unicórnio, aquele que abençoa a escolhida. É interessante observar na cena da floresta, que os anões, ao entrarem no jardim das fadas, reclamam da música ao constatarem que, tanto barulho, é resultado da felicidade dos pequeninos seres. 





Fadas também podem envolver-se amorosamente por seres humanos. Sininho, é o exemplo perfeito. Apaixonada pelo garoto que tem medo de crescer, Peter Pan; sempre enciumada e de mau humor, mas que sempre o ajuda quando o menino precisa.






E quem não se lembra da atrapalhada fada Bela, em Caça Talentos, que possuia duas fadas madrinhas, Margarida e Violeta? A garotinha que, criada por fadas, domina as artes e os segredos do outro mundo e pode ajudar ou muitas vezes, ainda que com boa intenção, atrapalhar as coisas na agência.

  

Existem ainda as fadas más, que, ao invés de cuidarem da natureza, atrapalham o trabalho das fadas boazinhas e, consequentemente, a vida humana. Contudo, fadas más não são bruxas. As fadas tem suas características bem definidas. Tudo na natureza possui sua dualidade, assim, como o ser humanos convive com opostos dentro de si mesmo. 



Um bom exemplo de fada má é a do filme Shrek, no qual encontramos uma fada que de madrinha não tem nada, por ser má, egoísta e que usa toda sua magia em prol interesses próprios.






No conto A Bela Adormecida, por ser a única fada não convidada para o batismo da princesa, lança o feitiço na menina, no qual, atingindo a idade adulta, a princesa espetaria seu dedo em uma agulha, o que a levaria à morte. Uma de suas fadas madrinhas ameniza o feitiço, fazendo com a moça tenha uma sono pesado durante 100 anos, podendo ser acordada assim que recebesse o beijo do verdadeiro amor. Entretando, tudo dá certo ao final do conto, uma vez que uma princesa nunca merece menos do que um final feliz.




As fadas, sejam elas boa ou más, povoam nosso imaginário, nos ensinando a acreditar no impossível e ter a certeza de que sempre teremos alguém a nos auxiliar em nossos momentos de dificuldade. Sendo elas reais ou não, é bom que não as percamos, para que não padeça a criança que existe em cada um de nós.



Maíra Vanessa

               


Fontes

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Bela_Adormecida_%28conto%29