quarta-feira, 27 de julho de 2011

Navios Fantasma

É chamada de navio-fantasma a embarcação considerada assombrada, ou que foi amaldiçoada.  Navios que foram palco de batalhas sangrentas, vítimas de catástrofes naturais ou brutalidade pirata, cujos capitães podem ter vendido suas almas ao Diabo ou blasfemado contra o Altíssimo. Por qualquer um desses motivos, esses barcos, ainda que comprovadamente afundados ou incendiados, são condenados, juntamente com sua tripulação, a vagar espectralmente através das décadas, infundindo horror no coração dos navegantes e prenunciando desastres por onde passam.





Há vários casos de navios encontrados à deriva no mar, alguns ainda em boas condições de navegação, porém desertos. Um fator comum em todos os relatos é o desaparecimento ou morte inexplicável das tripulações. O que poderia ser a causa do sumiço ou extermínio dos que estavam a bordo dessas embarcações? Ataques piratas, tempestades? Abdução alienígena, ataques de monstros marinhos? Navios afundados há muitas décadas, que ainda hoje continuam sendo vistos em atividade, cruzando os oceanos tão naturalmente como na época anterior aos seus naufrágios. 


Os Navios Fantasma sempre chamaram atenção devido a aura de mistério que os envolve; histórias fantásticas que, mesmo não sendo totalmente verídicas, surgiram a partir de algum ocorrido real. 


O tema sempre foi explorado pela mídia , devido o fascínio que exerce. No cinema temos o exemplo do filme Navio Fantasma, lançado nos EUA em 2002, onde uma equipe cuja missão é resgatar navios perdidos ou com problemas em alto-mar se depara com um navio italiano perdido há quatro décadas. Essa embarcação é habitada por uma criatura que vai por em perigo todo o grupo. 


No seriado Sobrenatural,  3ª temporada, 3.06 Red Sky At Morning, os irmãos Sam e Dean Winchester vão investigar um caso onde as pessoas inexplicavelmente morriam afogadas, mesmo estando longe da água. Um fator em comum é que todos os afogados tinham visto um navio fantasma algum tempo antes de morrer.  



Na literatura, além das epidemias de bordo, as tempestades, os fantasmas e os monstros marinhos, os vampiros também foram grandes responsáveis pelo surgimento de navios fantasma. Isso se dá porque, para eles, viajar num navio era muito mais seguro já que iam no porão, dentro de um caixote ou caixão, protegidos   da ação do seu maior inimigo, o sol. Quando a noite caia, eles saiam de seus esconderijos e buscavam alimento, sugando os membros da tripulação, até não sobrar mais ninguém vivo a bordo e o navio ficar à deriva. Um exemplo clássico disso está no magnífico Drácula, de Bram Stoker, quando Drácula viaja para a Inglaterra a bordo do Demeter. Numa noite de tempestade, quando o barco encalha em Whitby, todos os passageiros e tripulantes estavam estavam mortos. Drácula transformara o Demeter num navio fantasma. 


Navio Demeter - Drácula - Bram Stoker



Um caso semelhante a esse citado acima está no filme Um vampiro no Brooklyn (1995), com Eddie Murphy. O vampiro Maximillian, estrelado por Murphy, chega aos Estados Unidos em um navio desgovernado gigante da Marinha, cuja tripulação estava toda morta, sem um pingo de sangue nos corpos. 






Hoje falaremos de um grande mistério marítimo, o Navio Fantasma chamado...


 Mary Celeste 


O Mary Celeste foi um bergantim de três mastros, construído em 1861 no Canadá. A embarcação inicialmente havia sido batizada como Amazon. Durante uma tempestade, o Amazon sofreu sérias avarias quando seguia para buscar um carregamento. A tormenta atirou o barco contra a costa. O capitão do navio o vendeu a dois homens da baía onde o Amazon estava ancorado, que o restauraram e o revenderam a um sujeito de Nova Iorque. Esse homem, chamado Richard Haines, sem saber rebatizou o navio com o nome que, mais tarde entraria para a História, ocupando lugar de destaque na lista mundial de grandes mistérios marítimos. Haines nomeou o bergantim de Mary Celeste


Em 7 de novembro de 1872 o Mary Celeste partiu de Staten Island, Nova Iorque, rumo à Gênova,a Itália. Seguia com um carregamento de 1.700 barrís de álcool, sob o comando do experiente capitão Benjamin Briggs. A bordo do bergantim, além de Briggs, estavam mais sete marujos, a esposa do capitão e  sua filha pequena. 


O Mistério:





Alguns dias depois, O Mary Celeste foi encontrado à deriva nos mares açorianos por David Morehouse, capitão do brigue britânico Dei Gratia. Morehouse surpreendeu-se ao perceber se tratar do Mary Celeste, o barco que partira oito dias antes dele e já deveria estar em Gênova. Após algumas horas tendo frustradas as tentativas de estabelecer contato com o Mary Celeste, Morehouse decidiu abordar o bergantim e oferecer ajuda.

O barco se encontrava em boas condições de navegação. Apesar disso, estava deserto. Parecia ter sido abandonado às pressas, como se os tripulantes estivessem fugindo de um perigo iminente.

O único bote salva-vidas tinha sumido, os pertences das pessoas estavam todos intactos nos alojamentos, assim como praticamente toda a carga. Havia estoque de comida e água fresca suficiente para mais seis meses de viagem. Os documentos também tinham desaparecido, restando apenas o diário de bordo do capitão. 
Nele, Briggs, deixara registrado que em 25 de novembro o Mary Celeste já passara dos Açores. Não havia nenhuma anomalia registrada pelo capitão, que pudesse ajudar na solução do mistério.

Na época, as autoridades competentes desconfiaram se tratar de um golpe para receber o seguro do navio.  Outras hipóteses também foram sugeridas como: pirataria, terremoto marítimo, explosão devido os vapores da carga (álcool), comida contaminada que pode ter enlouquecido a tripulação.

Nunca se soube com  certeza o que aconteceu aos tripulantes do Mary Celeste.

Depois do ocorrido, durante os 13 anos seguintes o Mary Celeste mudou de dono 17 vezes, sendo que houve várias mortes trágicas. 

Seu último capitão deliberadamente encalhou o navio para fazer uma reivindicação de seguro falsa. Em 2001, uma agência marítima afirmou ter encontrado os destroços do Mary Celeste, embora os céticos afirmem que há centenas de naufrágios semelhantes na área e que não é possível determinar com certeza a identidade do navio.





Ao longo de nossas postagens, falaremos de outros intrigantes casos de navios fantasma.







Fontes:

Wikipédia - 

Hypescience.com




















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